quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Cidades de sítio nenhum

Regresso às palavras como se regressasse a casa. Apetece-me tanto o Inverno assim! Recolho-me em livros recentes e viajo por memórias e romances que me levam a cidades de sítio nenhum.
As cidades de sítio nenhum, são cidades à beira de um qualquer rio, a partir do qual se vão alastrando aleatoriamente ao longo do enredo da história como se fossem tentáculos.
Nestas cidades imaginárias, pouco importa a arquitectura, o plano principal não se eleva para além dos passeios onde os corpos quase se tocam. As ruas são tão tortuosas e estreitas (ou direitas e largas) como os indivíduos que vamos conhecendo linha após linha e, a morfologia da cidade de sítio nenhum, é tão plástica como a construção ficcional que nos envolve. Tem rotinas, tem dia, noite, luzes, estrelas, vento. Tem planeamento, como outra cidade qualquer. Mas esta, pulsa no silênio.

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